ARCO-ÍRIS (Pestana/Carvalho)

Project Description

Duarte Ferreira PestanaArco-Íris (Fantasia Popular nº2, para banda filarmónica)
Luís Carvalho: re-instrumentação para orquestra sinfónica

orquestra: **2*2*32 – 3sax.[2alto+1tenor] – 4331 – timp. – 4 or 5 perc. – cordas

  • data de composição (Pestana): 1952
  • re-instrumentação para orquestra sinfónica (Carvalho): 1997-1998/corr.2017
  • duração: ca. 15 min.
  • info pormenorizada sobre instrumentação:
    • 2 Flautas (dobram em 2 Flautins) / 2 Oboés (2. dobra em Corne-inglês) / 2 Clarinetes em sib /
      Clarinete-baixo em sib / 2 Fagotes / 2 Saxofones-altos em mib / Saxofone-tenor em sib / 4 Trompas em fá / 3 Trompetes em sib / 2 Trombones-tenores / Trombone-baixo / Tuba / Tímpanos /
      4-5 Percussionistas* / Violinos I / Violinos II / Violas / Violoncelos / Contrabaixos* lista detalhada de instrumentos de percussão utilizados:

      1. caixa de rufo; tam-tam; prato-susp.; 2 temple-blocks
      2. pratos de orquestra [a2]; tam-tam; triang.
      3. bombo
      4. tam-tam; pandeireta
      5. [opcional] xilofone; caixa de rufo extra
  • estreia: 11/Julho/2015 | Viana do Castelo, Teatro Municipal Sá de Miranda | Orquestra Sinfónica da Escola Profissional de Música de Viana do Castelo [Arte Orquestral] | dir. Luís Carvalho

«Arco-Íris», segunda das seis fantasias populares que Duarte Ferreira Pestana concebeu para banda filarmónica / militar, tornou-se um ícone do repertório português para banda. A qualidade da sua construção musical, perfeitamente integrada com a inspiração melódica de raiz popular, granjearam ao compositor lugar de destaque como um dos primeiros grandes criadores para esse meio instrumental específico (banda/orquestra de sopros).

A presente re-instrumentação (ou se quisermos re-orquestração, uma vez que na sua versão original a obra encontra-se já orquestrada/instrumentada) surge da constatação da qualidade intrínseca da peça, procurando assim alargar a sua base de público-alvo. Ao mesmo tempo pretende-se valorizar este património inigualável e centenário da música portuguesa que são as bandas filarmónicas, aproximando uma das suas mais inspiradas criações musicais de um meio instrumental porventura mais nobre, como é o caso da orquestra sinfónica. De resto, há vários anos que o presente autor vinha sendo abordado sobre a possibilidade de realizar uma re-instrumentação do género da presente, amiúde justificada precisamente pela superioridade musical desta obra.

Sendo «Arco-Íris» uma composição na sua génese já concebida orquestralmente, no caso específico para banda, a presente re-instrumentação para orquestra sinfónica torna-se pois o que em cinematografia se chamaria um remake, isto é, uma nova leitura de uma obra de arte previamente existente. De facto, quer estruturalmente, quer em termos do discurso musical, esta nova versão é completamente fiel ao original, apresentando ‘novidade’ apenas ao nível do colorido sonoro, nomeadamente pela inclusão dos instrumentos de cordas. Aliás, a formação orquestral escolhida aqui é, na sua base, a da tradicional orquestra sinfónica, com todos os naipes de madeiras, metais, percussões e cordas representados, mas a que se decidiu adicionar 3 saxofones para transportar algum do colorido instrumental original da banda para esta nova versão orquestral. Assim, os saxofones acabam por funcionar como elemento pivot entre as duas versões (original para banda / re-instrumentação para orquestra), ao mesmo tempo enriquecendo o conjunto orquestral sinfónico, enquanto transportam consigo algum do ADN original da versão para banda.

A presente proposta de re-leitura da obra «Arco-Íris» de Duarte Ferreira Pestana pretende, por um lado, contribuir para uma maior disseminação do bom repertório português escrito especificamente para banda / orquestra de sopros, enaltecendo ao mesmo tempo a dedicação secular do mundo filarmónico amador à passagem de conhecimento musical, que foi a base de formação de muitos dos mais conceituados músicos portugueses em todas as épocas históricas.


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